Suturando Diversidade e Educação a Distância

análise de um curso de Pedagogia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17143/rbaad.v22i1.668

Palavras-chave:

Ensino Superior, Formação de Professores, Educação a distância, Currículo, Diversidade e diferença

Resumo

A diversidade se manifesta de diferentes maneiras na sociedade, assumindo diversas formas de expressão e denunciam desigualdades, injustiças e discriminações nos âmbitos sociais, culturais, políticos, econômicos e educacionais. Portanto, a formação inicial de professores proporcione um espaço de discussão a respeito da temática para que professoras(es) em formação sejam capazes de construir uma ação docente que respeite as diferentes possibilidades de existência dos sujeitos que farão parte do processo de ensino-aprendizagem. O estudo buscou compreender em que medida o Projeto Político Pedagógico (PPP) do Curso de Licenciatura em Pedagogia contempla temáticas voltadas à diversidade e como estão explícitas tais abordagens. Para tanto, temos como objetivo geral deste artigo analisar as configurações de diversidade do Curso de Licenciatura em Pedagogia de uma universidade pública virtual. Ainda, como objetivos específicos pretendemos: i) analisar o conceito de diversidade e de Educação a Distância a partir do referencial teórico; ii) caracterizar como a diversidade é apresentada no PPP; iii) discutir as possibilidades das configurações de diversidade. A presente investigação é de natureza qualitativa do tipo documental/bibliográfica. A análise permitiu identificar o tema da diversidade de forma transversal no PPC, por meio da inserção de conteúdos relacionados à diversidade cultural e étnica, respeito às diferenças e abordagem de grupos populacionais específicos no que tange à consideração de suas subjetividades e particularidades no processo ensino-aprendizagem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriely Cabestré Amorim, Univesp

Doutorado em Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Marília (2020). Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Marília (2015). Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Bauru (2010), aperfeiçoamento em Produção de Material Didático para Diversidade pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Bauru (2015), formação de Mediadores Pedagógicos Digitais para EaD (2019) em parceria com a Universidade Aberta de Portugal (UAB-PT). Experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial/Inclusiva, Gestão Educacional, Ensino-Aprendizagem e Educação Infantil. Participante do Grupo de Pesquisa "Deficiências Físicas e Sensoriais - UNESP Marília". Atuou como tutora, orientadora em cursos EaD, na Unesp e Unifesp. Atuou como professora substituta no Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus de Birigui. Atualmente, é docente na Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP).

Beatriz Lopes Porto Verzolla

Doutoranda em Saúde Coletiva pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Ciências pelo mesmo departamento. Especialista em Linguagem pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), bacharel em Fonoaudiologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Especialização concluída em Processos Didático-Pedagógicos para Cursos na Modalidade a Distância pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Membro do Grupo de Trabalho Formação do Fonoaudiólogo, do Comitê de Língua de Sinais e Bilinguismo para Surdos da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa).

Bianca Rafaela Boni

Mestra e Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Educação para Ciência da Faculdade de Ciências da UNESP, campus de Bauru. Participa do Grupo de Pesquisa em Currículo: Estudos, Práticas e Avaliação (GEPAC). Licenciada em Ciências Biológicas pela Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho (UNESP) - campus de Ilha Solteira. Atua principalmente nos seguintes temas: Currículo, Ensino Integral, Educação Profissional, Trabalho e Educação, Reformas Educacionais, Gênero e Sexualidade.

Igor Micheletto Martins

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência (stricto sensu) da Faculdade de Ciências de Bauru, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Mestre pelo Programa Multidisciplinar Interunidades de Pós-Graduação em Ensino e Processos Formativos (stricto sensu) da UNESP, graduado em Ciências Biológicas (Licenciatura) pela mesma instituição. Também é membro do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Avançadas em Currículo (NIPAC), do Grupo de Pesquisa em Antropologia e Educação (GPAE), do Núcleo Afro-Brasileiro e Indígena de Ilha Solteira (NABISA) e do Núcleo de Apoio e Discussão de Gênero e Sexualidade (NUGENS).

Regiane Aparecida Cruz Pereira

Mestre pelo Programa Multidisciplinar Interunidades de Pós Graduação Strictu Sensu em Ensino e Processos Formativos (UNESP São José do Rio Preto/ Ilha Solteira e Jaboticabal), participante do Grupo de Pesquisa em Currículo: Estudos, Práticas e Avaliação (GEPAC). Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Cursou Pedagogia pela Universidade de Uberaba. Especialista em Administração Hospitalar, área de conhecimento Saúde Pública, pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Foi Gestora Pedagógica na Mind Lab Brasil, trabalhando na Formação de Professores e professora da educação básica da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo.

Thais Paschoal Postigue

Doutoranda em Educação para a Ciência pela FC-UNESP/Bauru na linha Fundamentos e modelos psico-pedagógicos no Ensino de Ciências e Matemática. Mestra em Ensino e Processos Formativos pelo IBILCE - UNESP/ S. J. do Rio Preto, graduada em Licenciatura em Matemática pela FEIS - UNESP/Ilha Solteira. Atuação em Educação Matemática, for- mação de professores, avaliação, currículo e Teoria Crítica. Atuou no curso de Pedagogia Faculdade REGES de Junqueirópolis. É professora na Faculdade de Dracena - UNIESP e na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Membro do Grupo de Pesquisa em Currículo: Estudos, Práticas e Avaliação (GEPAC) –UNESP/Ilha Solteira.

Referências

ALVES, Lucineia. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista Brasileira de Ensino de Aprendizagem Aberta e a Distância. Associação Brasileira de Educação a Distância, v. 10, 2011. Disponível em: http://seer.abed.net.br/index.php/RBAAD/article/view/235/113. Acesso em: 10 ago. 2022.

APPLE, Michael W. Ideologia e currículo. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. Brasília; 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 10 ago. 2022.

BRASIL. CNE. Conselho Pleno. Parecer CNE/CP nº 01/2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Brasília; 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acesso em 10 ago. 2022.

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Brasília, 2009.

BRASIL. Decreto n° 7.690, de 02 de março de 2012. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério da Educação. Brasília; 2012. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2012/decreto-7690-2-marco-2012-612507-norma-pe.html. Acesso em 13 ago. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais da Atenção Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI; 2013.
BRASIL. Lei 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília; 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em 13 ago. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução 2, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Brasília: MEC, 2019.CANDAU, Vera Maria Ferrão. Direito à educação, diversidade e educação em direitos humanos. Educ. Soc., Campinas. 2012. 33(120):715-26. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-73302012000300004.

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Ser professor/a hoje: novos confrontos, saberes, culturas e práticas. Revista Educação, Porto Alegre, v. 37, n. 1, p. 33-41, 2014.

CAPOVILLA, Fernando César. Filosofias educacionais em relação ao surdo: do oralismo à comunicação total ao bilinguismo. Revista Brasileira de Educação Especial. 2000;6(1):99-116.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

GOMES, Nilma Lino (Org.) Apresentação: Desigualdades e diversidade na educação.
Revista Educação e Sociedade. vol. 33, n. 120, Campinas, jul.- set. 2012, p. 687-693. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/sZMWK9Q7ZFGnVpV55X85WZD/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 10 ago. 2022.

IVENICKI, Ana. Multiculturalismo e formação de professores: dimensões, possibilidades e desafios na contemporaneidade. Revista Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 26, n. 100, p. 1151-1167, 2018.

LANNA JÚNIOR, Mário Cleber Martins. História do movimento político das pessoas com deficiência no Brasil. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos; 2010.

MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa. A recente produção científica sobre currículo e multiculturalismo no Brasil (1995-2000): avanços, desafios e tensões. Revista Brasileira de Educação. 2001. 18:65–81. Disponível em: https://doi.org/10.1590/s1413-24782001000300007.

OLIVEIRA, Amanda Caroline Harumy et al. “Quem tá aí?”: Diferenças e Desigualdades na formação docente EaD. In: Garbin, Mônica et al. (Org.). Tecnologias na Educação: ensino, aprendizagem e políticas. São Paulo: Artesanato Educacional; 2021. p. 43-68.

RODRIGUES, Tatiane Cosentino; Abramowicz, Anete. O debate contemporâneo sobre diversidade e diferença nas políticas e pesquisas em educação. Educ. Pesqui. 2013. 39(1):15-30. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-97022013000100002.

SANTOS, Boaventura Sousa; Nunes João Arriscado. Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitanismo multicultural. Introdução: para ampliar o cânone do reconhecimento, da diferença e da igualdade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; 2003. p. 25-68.

SILVA, Caio Samuel Franciscati da; Branceleoni, Ana Paula Leivar; Oliveira, Rosemary Rodrigues de. Base nacional comum curricular e diversidade sexual e de gênero: (des)caracterizações. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. esp. 2, p. 1538-1555, 2019.

SILVA, Tomaz Tadeu. A produção social da identidade e da diferença. In: Silva, Tomaz Tadeu (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes; 2000.

SILVA, Tomás Tadeu da. O currículo como fetiche: a poética e a política do texto curricular. 2 reimp. Belo Horizonte: autêntica, 2003.
Exemplos:

Publicado

2024-03-07

Como Citar

Cabestré Amorim, G., Lopes Porto Verzolla, B., Boni, B. R., Micheletto Martins , I., Cruz Pereira, R. A., & Paschoal Postigue, T. (2024). Suturando Diversidade e Educação a Distância: análise de um curso de Pedagogia. Revista Brasileira De Aprendizagem Aberta E a Distância, 22(1). https://doi.org/10.17143/rbaad.v22i1.668

Edição

Seção

Artigos Originais